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sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Dona Marinhinha completa 94 anos de História

Canindé de São Francisco/SE - Maria Ricardo Ventura nasceu em 1919. Dia 27, domingo, ela completa 94 anos. Nossa homenagem ao que podemos chamar de valor cultural e histórico de Canindé. Atualizado às 20:55hs.
Adeval Marques

Em sua memória está guardadas as lembranças que de um município antes pobre e esquecido para em fim torna-se uma terra rica e promissora. 

Os traços fortes do rosto de Maria Ricardo dos Santos, conhecida como Dona Marinhinha da Cabeça do Nêgo, demonstram a vida sofrida dessa sertaneja que é uma das mais antigas filhas do município de Canindé de São Francisco. Esse ano, no dia 27 de outubro, ela fará 94 anos de história.  

A sua história é alicerçada na rudeza da vida dura do trabalho que a maioria dos nordestinos foram submetidos em suas épocas. Em Canindé de São Francisco ela passa despercebida ou esquecida lá no recanto onde vive distante mais de 6 km da sede da cidade. Esse ano ela entra na casa dos 95 anos de vida e ainda em atividade. Exemplo de saúde, lucidez, dignidade e uma verdadeira biblioteca do conhecimento popular e histórico do município. Dona Marinhinha é uma fortaleza e um exemplo a ser seguido. 

Pequena biografia: Maria Ricardo dos Santos, mais conhecida como Dona Marinhinha do lugarejo chamado de "Cabeça do Nêgo", fará 94 anos. Teve 16 filhos, 12 vivos. Filha de Canindé de São Francisco, nasceu na fazenda Cuiabá, onde hoje situa-se o Assentamento Cuiabá. Nunca saiu do município e conta que para manter a sobrevivência, dura sobrevivência de sertaneja, fez de tudo na vida como ela mesma fala: “para ajudar no sustento da família eu fazia de tudo, plantava roça, fazia carvão, carregava feixes lenha nas costas, pescava pitu para vender por dúzia, trabalhava de machado, era costureira, fazia sabão da terra e por fim comecei a fazer panelas de barro por encomenda, que eu aprendi por mim mesma". Conta Dona Marinhinha. 
SBT-Repórter trazido por Adeval Marques
Além de ser nonagenária e de ter dado a Canindé uma prole enorme que, entre filhos, netos, genros e noras, somam-se ai uma família com mais 60 pessoas. Dona Marinhinha pode ser considerada um verdadeiro valor histórico do município e graças ao Revista Canindé ela foi entrevistada pela equipe de reportagem da Televisão SBT do programa SBT-Repórter. 

Dona Marinhinha se iguala a Zé Leobino e ao seu irmão, vaqueiro Daniel Ricardo - já falecido -, e tantos outros valores culturais esquecidos que valem o mesmo peso e reconhecimento do valor histórico e cultural da região. Pena que nas políticas de atenção social não exista um trabalho voltado para o resgate da história e da cultura do povo Canindeense. Eis um desafio para o Secretaria de Cultura e do gestor Heleno Silva.  

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