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sábado, 5 de outubro de 2013

OS ARRUACEIROS NAS RUAS E A ARRUAÇA NOS MICROFONES

Canindé de São Francisco/SEO político um dia poderá transformar-se em arruaceiro, já o arruaceiro jamais poderá ser político. 

 A política existe exatamente para que os conflitos humanos não degenerem em arruaças, por isso, quando o arruaceiro entra em cena a política bate em retirada, e a selvageria da intolerância e da violência sepultam a civilidade.

Quando o povo saiu às ruas imaginou-se que começaríamos a viver um novo tempo de democracia revitalizada pela participação. O que poderia ser um largo espaço para a esperança logo se transformou em frustração e desanimo. Os baderneiros infelizmente se sobrepuseram, e a festa democrática refluiu, batida pelo tumulto das ruas, uma prova de que é válida a ideia essencialmente fascista de que as minorias organizadas violentas e criminosas podem impor sua vontade e submeter as maiorias.

Mas o arruaceiro não está apenas nas ruas, as vezes, paradoxalmente, ele pode estar intimamente envolvido no processo político. Foi o caso protagonizando na manhã da quinta –feira dia 3 por um homem de negócios e dono de uma carrada de partidos . Habitualmente comedido e preferindo agir nos bastidores, onde ninguém o supera em astúcias e ardis o ladino Edivan Amorim decidiu ir aos enfrentamentos no rádio, onde por vezes a civilidade cede lugar aos insultos. Usando os microfones da sua rede de emissoras no programa comandado pelo radialista Gilmar Carvalho, Edivan confrontava-se com o ex-concunhado e hoje acérrimo inimigo, o deputado federal Mendonça Prado. Num certo momento depois e uma ríspida troca de ofensas, Edivan foi ao extremo e disse que ¨não respeitava homem que se escondia debaixo de saias¨. Não se sabe exatamente a quem ele quis agredir, se ao deputado, ou a ex-sogra a senadora Maria do Carmo ou a ex-cunhada Ana, que a ele tem feito duras críticas, sem contudo, perder a indispensável
compostura. A expressão sobremodo deselegante, faz parte de um comportamento que negligencia as grandes questões, os temas que efetivamente interessariam a Sergipe, e que estão sendo substituídos pelos insultos pessoais. Edivan foi muito além da simples deselegância, ele deixou evidente outro, entre tantos preconceitos que são manifestados todos os dias pelos que abraçam e festejam o correligionário energúmeno , deputado Marco Feliciano. Usar a expressão,¨ esconder-se debaixo da saia¨, é também uma ofensa às mulheres, um feio preconceito contra o sexo feminino, historicamente discriminado, e que assim continuaria se dependesse dessa gente que em se proclama renovadora e vive enfurnada num baú de antiguidades 

Deste antiquário político as vezes saem os ¨ Felicianos¨, ou também arruaceiros dos microfones. Se não causam danos materiais, como os baderneiros mascarados que estão nas ruas, provocam, todavia, um prejuízo imenso aos costumes políticos de Sergipe, que nunca alcançaram um patamar de plena civilização, porem, jamais desceram ao nível do que se ouviu na última quinta-feira.

Os que se dizem portadores de uma mensagem de renovação politica , como é o caso do poderoso chefe Edivan Amorim, deveriam transmitir melhores exemplos.

Luiz Eduardo Costa
Jornalista

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